Iconografia




2007



30 de junho de 2007 (por Samuel Moreti)
 
Batida por Samuel Moreti, esta fotografia é  a contracapa do 1º trabalho da banda: a Demo de 2007 e de nome homônimo. As jaquetas revelam o inverno riopretense do momento e também as concepções da banda naquele ano. Mediante a moda Emo que aflorava o universo musical, a Pronúncia tentava resgatar o rock clássico. Isto fica claro se observarem as jaquetas carregando o punk dos anos 70 e a música Observação (presente na Demo) que "sugere" o psicodelismo surgido no final dos anos 60. Quem puder ver este disco, notará que a música Observação está grafada erroneamente como Obysservação. Este erro proposital refere-se ao lado lado punk da banda  - que era restos da antiga Confronta. A intenção punk era denunciar a influência estrangeira na cultura brasileira (através do "Y") e denunciar as falhas do ensino em geral (através do "SS"). Inconscientemente, a Pronúncia parodiava o Renascimento Cultural do século XV, pois neste período havia a retomada da cultura clássica greco-romana. Transportando esta ideia para a Pronúncia, constata-se que havia a preocupação de se retomar a cultura clássica do rock.


Ensaio / ao fundo, o amigo Xando Xiospork ( novembro de 2007)
Estas fotos foram tiradas em um ensaio da então "Pronúncia Rock" (primeiros oito meses de consolidação). Apesar de já estarem em três integrantes, a Pronúncia ainda se sentia insegura em relação aos vocais e, neste tempo, foram convidados alguns conhecidos para assumirem o microfone da banda. Enquanto isso, a Pronúncia segurava as pontas do jeito que dava e fez três shows neste ano: a estréia no dia 29 de junho, no antigo Vila Acústica de Catanduva-SP; um festival de inverno da cidade de Icém-SP; e um show em Ribeirão Preto-SP, no saudoso Porão (Live Power).


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2008


1º março 2008 / com Marcello Phellipe (Dallas)


Nesta foto, a banda ainda se chamava "Pronúncia Rock" e contava com Marcello Phellipe (Dallas) no vocal. Esta foi a última experiência com um quarto integrante. Antes dele, passaram pela banda os guitarristas Alexandre Obwiöslo (Confronta), Élder Enzo (Confronta) e José Ricado (Confronta/Pronúncia Rock). No baixo também passaram pelo banda o ex-Nevrose Marcelo Bazan (como Confronta), Frances (Confronta), Cláudio Ventura (Confronta) e, por fim, o atual Matheus Rozani. 



Abaixo, duas fotos para a promoção da banda. Elas foram baitdas pelo ex-integrante Marcello Phellipe. 
1º semestre de 2008


1º semestre de 2008


Festival Yield TV (28 junho 2008)
Primeiro show fora do estado de São Paulo. Os setecentos e poucos quilômetros que separam as cidades S. J. do Rio Preto de Cambuí - MG passaram quase que despercebidos pela banda. Mas mais do que visitar novas fronteiras, este show foi importante porque serviu como primeira platoforma de projeção da Pronúncia. Vale a pena lembrar que, no ano anterior, a Pronúncia fizera apenas 3 shows. Isto se deve ao fato de ela ainda engatinhar em 2007 e, também, ao fato de que sendo uma banda autoral os shows eram excassos. O Festival da Yield TV, promovida por uma rede de televisão de Osasco - SP, colocou a Pronúncia no palco de Cambuí, cidadezinha do interior mineiro. Lá, a banda pôde fazer contatos e conhecer bandas que lhe renderam shows no Paraná e na capital Belo Horizonte. Era a primeira vez que a Pronúncia se deparava com outras bandas de mesmo segmento autoral - como a Yoga (Campo Mourão - PR), a Ossos do Banquete (Betim - MG) e a Clube de Patifes (Feira de Santana - BA) - e era a primeira vez que ela fazia uma viagem relativamente longa.

No Patropi (06 dezembro 2008)
Aqui a banda aparece consolidada e firme em seu trabalho - ainda em fase experimental. O repertório deste show no Patropi (S. J. Rio Preto-SP) foi praticamente o álbum Projeções De Uma Estimativa Pequena, salvo algumas músicas na época recentes, como a Caminho do Vinho e a Situações - que estavam a um mês de serem gravadas e, juntamente com a Litígio e a Sem-Sem, comporiam a 2ª Demo da banda. O grunge psicodélico desta fase da Pronúncia não era retratado no figurino. O que explica isto é o fato de que, na época, a própria banda "não entendia" o que compunha e, por isto, vezes e outras se autoclassificava como alternativo.



Gabriel registra momento com a banda (14 dezembro 2008)
Em Foz do Iguaçu - PR a Pronúncia começara a sentir o gostinho de ser uma banda de verdade. Afinal, suas músicas autorais levaram o grupo até fronteira com Paraguai. Porém, além do show em si, outro fato chamou a atenção: a maneira como o show foi arrumado. Um vídeo amador gravado durante o primeiro show da banda foi postado no Youtube. Mesmo com a gravação ligeiramente ruim, nota-se certa energia emanada pela Pronúncia. Tal energia fora captada pelo dono bar (Otroplano), segundo confessou o próprio. O vídeo foi parar nos olhos de Oscar (dono do bar), devido a uma segunda edição do Festival Yield, que aconteceu em Campo Mourão - PR. Neste evento, além de reecontrar a banda Yoga (e reforçar laços de amizade), os integrantes da Pronúncia conheceram Kléber (da banda Caveira Bem Nutrida) que os indicou ao Otroplano. Quando Oscar entrou em contato com a Pronúncia, nasceu o primeiro reconhecimento da banda. Mas o presente não foi só ser chamada para tocar no Otropolano... De quebra, a Pronúncia ainda fez a abertura do show do Matanza (banda de renome nacional). Segundo os próprios membros da Pronúncia, esta apresentação foi a mais explosiva até então; e ela foi crescendo como um pavil de pólvora longo, queimando até chegar na dinamite. No início do show, meras quatro pessoas presenciavam a apresentação. O restante aguardava ao Matanza no ambiente externo. Porém, aos poucos o público foi se convecendo do som da Pronúncia e, no final, banda e público pouco se diferenciavam no palco invadido. Outro momento positivo foi quando o garoto Gabriel subiu ao palco para registrar uma foto com a banda tocando. Para a banda, este gesto significou muito. Foz do Iguaçu rendeu ótimas imagens que acabram virarando o primeiro vídeoclipe da Pronúncia (música Situações, versão Demo 2009).

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2009


No Toma-Rock (18 janeiro 2009)
O Toma-Rock era uma casa de show conceituada em S. J. Rio Preto-SP. Apesar de a Ditadura do Cover imperar na cidade, a Pronúncia conseguiu espaço devido ao pioneirismo da casa em se fazer um festival de bandas autorais. O ano de 2009 prometia...



Situações (videoclipe) / 2009
O ano de 2009 começava bem pois, além de o Toma-Rock ceder espaço para a Pronúncia, a banda ainda fora a São Paulo gravar as músicas Situações e Caminho do Vinho. O estúdio escolhido - o Lamparina  - era utilizado para fazer o programa Sessões da MTV. O ambiente então era favorável, tanto é que nas gravações foram utilizados o baixo Precision Bass do Champingon (ex-Charlie Brown Jr.), a caixa de bateria do Boizinho (Cachorro Grande) e o cabeçote Marshall (1960 e poucos) do Peu (ex-Pitty).



Situações (videoclipe) / 2009
Além das novas gravações, a Pronúncia já havia começado a mexer os pauzinhos para a gravação de seu primeiro vídeoclipe. A banda usaria a música Litígio - gravada no final de 2008. Porém, com a música Situações e as imagens do show de Foz do Iguaçu (dezembro 2008) nas mãos, Hugo Pezatti resolveu experimentar a arte de se fazer videoclipe amador.




Situações (videoclipe) / 2009
Enquanto a banda acertava o roteiro, locais de filmagens e etc com o diretor Renan Santos sobre o clipe Litígio, Hugo sugava conselhos de Renan e aprendeu a mexer no programa de computador Movie Maker. O resultado foi um videoclipe amador que mistura fotos com imagens de shows da Pronúncia.





Nascia assim, de maneira espotânea e sem planejamento, o primeiro videoclipe da banda, feito pelo próprio baterista.

Situações (clipe) / 2009


Devido a ânsia de querer aparecer no cenário e se autodivulgar, a Pronúncia gravou um videoclipe. Na época, a banda não enxergava que, gravar um videoclipe sem antes ter um álbum, seria uma aposta arriscada... (ou dinheiro perdido).
Litígio (vídeoclipe). Diretor Renan Santos. (2009)

Litígio (vídeoclipe). Diretor Renan Santos. (2009)
Desta maneira, tempos depois a Pronúncia percebeu que o videoclipe é a vitrine de um álbum; o convite para conhecer uma banda. Porém, o único trabalho que a banda disponibilizava para divulgação era a recém Demo (2009), lançada ainda no 1º semestre.







Litígio (vídeoclipe). Diretor Renan Santos. (2009)
Mesmo assim, a gravação do videoclipe rendeu alguns frutos. Um deles foi a seleção para BH Indie Music 2009; outra vantagem foi a própria promoção da banda. Porém, o problema persistia: poucas músicas gravadas para a divulgação. A solução seria esperar a finalização do álbum Projeções De Uma Estimativa Pequena...




Litígio (clipe). Diretor Renan Santos. (2009)
A ideia de ser fazer um videoclipe com Renan Santos partiu de Hugo. Um amigo dele - Matteus Mortati (Piruka), que fazia faculdade de publicidade - o apresentou ao videoclipe ganhador de um festival de sua universidade. O videoclipe lhe chamou a atenção por dois motivos: primeiro pela própria qualidade do mesmo; segundo porque o baterista que encenava o videoclipe era um antigo amigo de escola (Thiago Tricca). Assim ficou fácil o contato com o diretor, pois Thiago Tricca fez "a ponte" entre Hugo e Renan Santos.

Thiago Tricca em clipe Litígio. Direção Renan Santos. (2009)
Além do contato com Renan Santos, Thiago Tricca ainda foi escolhido para encenar o personagem do videoclipe.











O violão usado no clipe pertencia ao Hugo. Eles se conheceram na faculdade em Franca. O vilão era um velho instrumento sem as cordas, abandonado no Diretório Acadêmico (D.A.) da Unesp. Na época, Hugo pegou o violão, colocou um jogo de cordas novo e o pegou emprestado. Devido a "Lei do Uso e Capião", ao término da faculdade, Hugo o levou consigo. Triste fim... A desculpa do baterista foi: Quero imortalizá-lo colocando-o na história! Se deu certo ou não, tiremos as nossas próprias conclusões...

Violão de Hugo em pedaços. Litígio (vídeoclipe). (2009)


No clube Motorock, Belo Horizonte-MG. BH Indie Music 2009.
No Stonehenge, Belo Horizonte-MG.
Estas fotos foram batidas em setembro de 2009. Marcaram a primeira vez da Pronúncia em uma capital, no caso, Belo Horizonte-MG. O clube Motorock era pequeno e apertado. Ideal para bandas autorais desconhecidas...  No dia seguinte, a banda se apresentou na casa Stonehenge. Ambos pelo BH Indie Music 2009, organizado pela Malu Aires. E assim, a Pronúncia cumpria sua missão de continuar crescendo. Neste ano, a banda ainda fez dois shows em S. J. Rio Preto e seu primeiro show na cidade de São Paulo (no Aero Flitz, casa gótica). Porém, ambos os shows foram de pouca expressão. Depois do BH Indie Music 2009, os integrantes da banda passaram a se preocupar mais com a gravação de um álbum do que com shows do 2º semestre. Acreditavam que um álbum traria mais shows.

 
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2010

Gravação do álbum Pronuncie-se (2010)
Talvez de maneira inconsciente, o ano de 2010 começou sob o lema: ou tudo, ou nada. A Pronúncia precisava urgentemente de um álbum.


Preparativos para as gravações. Matheus, Rodolfo e Sinval.
As músicas já estavam prontas. Bastava definir quais das 16 que entrariam no álbum. Inicialmente, o álbum seria composto por 11 faixas. E assim, nos dias 14, 15 e 16 de fevereiro (feriado do carnaval) a Pronúncia começou a gravar o Pronuncie-se. Note que as fotos retratam um ambiente caseiro. E assim o é. A casa pertence à mãe do baterista Hugo, que desde 1995 cede um espaço da casa aos barulhos do filho.

Passagem do som da bateria antes do início das gravações.
A gravação começou com as baterias de Hugo Pezatti. Devido à falta de alguns equipamentos e cabos, o baterista gravou todas as faixas sem nenhuma referência: não havia guitarra guia, não havia metrônomo*, não havia baixo e nem voz guia. A referência de Hugo era observar Rodolfo tocando do outro lado do vidro e pronunciando ("no mudo") as letras das músicas.


*exceto em Abstinência, pois com a pegada leve da bateria dava para se ouvir com um metrônomo improvisado no fone.


João Ricardo Rossi (Cabelo) pilota a gravação do Pronuncie-se.

A gravação foi "pilotada" por João Ricardo Rossi, mais conhecido como Cabelo. O baterista da Pronúncia e o guitarrista da The Memphers (Cabelo) se conheceram numa balada de maneira atípica (algo que envolveu uma mulher e dois homens... ). De um "trio amoroso" surgiu a amizade e o respeito e, assim, mais tarde Cabelo se ofereceu para fazer o novo álbum da Pronúncia. Seria sua primeira experiência gravando um álbum completo e de maneira cem por cento artesanal*.

*foram usados quatro microfones Shure-SM 58 para captar a bateria.


Rodolfo gesticulando instruções para Hugo.
Esta foto capta o momento da gravação da bateria, porém, focando em Rodolfo ("do outro lado do vidro"). Note que o amplificador está ligado, porém, não havia como jogar os acordes do Rodolfo aos ouvidos de Hugo (que ficava na sala de gravação da bateria). A ideia era o Rodolfo tocar junto com a bateria para ver se a mesma não saia do tempo das músicas. Ao mesmo tempo, as gesticuladas para o baterista e as mudanças de nota no braço da guitarra (vistas do outro lado do vidro) serviriam de referência para Hugo.


Hugo e Rodolfo combinando acertos.
Nesta imagem, Hugo (de costas) conversa com Rodolfo para entender as instruções que não foram compreendidas pela gesticulação. Enquanto isso, Cabelo  (sentado) analisa a intensidade das batidas de Hugo.
Em busca do timbre perfeito.
Acima, Matheus Rozani e Rodolfo da Silva procuram o melhor timbre de baixo para utilizar na gravação.

Foto batida de dentro da sala de gravação da bateria.

Acima e abaixo, o trio Hugo, Cabelo e Rodolfo analisam as gravações.


Hugo, Cabelo e Rodolfo debatem gravação.
Em abril de 2010 a banda foi à capital mineira, Belo Horizonte, fazer o lançamento do Pronuncie-se nos palcos do Matriz. Na manhã do dia do lançamento, a Pronúncia deu uma entrevista à Rede TV Minas! que foi ao ar no programa Agenda, de 04 de abril deste mesmo ano. Além do Matriz em Belo Horizonte, o lançamento abrangeu Betim-MG, no Alameda Pub, e a cidade de Sete Lagoas-MG, no Opinião Bar.


Entrevista ao programa Agenda, Rede TV Minas!
Hugo Pezatti dando entrevista no Programa Agenda por volta das 11h00 da manhã. O programa foi exibido no mesmo dia a noite, por volta das 20h00.











Duas semana depois de lançar o Pronuncie-se na região metropolitana de Belo Horizonte, a Pronúncia foi a Novo Horizonte-SP gravar o DVD desta turnê na casa de show Experience

foto: Milena Aurea

Horas antes do show, a Pronúncia foi convidada a dar uma entrevista na rádio Amizade FM.










foto: Milena Aurea

Tio Cosme era o locutor e comandou a entrevista, que durou por volta de uma hora e meia.







foto: Milena Aurea



A banda falou sobre suas dificuldades, suas conquistas e influências - que foram tocadas na rádio.

A gravação do DVD Pronuncie-se começou por volta das 24h00 do dia 17 de abril (madrugada para o dia 18).

DVD: Pronuncie-se (17 de abril de 2010) - foto Milena Aurea
 

Rodolfo da Silva (por Milena Aurea)
O show durou por volta de  uma hora e vinte minutos e teve no repertório 15 músicas. A foto ao lado é um dos momentos finais do show. Nela, aparece Rodolfo da Silva em uma das suas introspecções... Ajoelhado frente ao  seu cubo de guitarra, o vocalista da Pronúncia mordia-o por alguns instantes. Poucos puderam ver este momento mágico com nitidez...












Matheus Rozani (por Milena Aurea)

Além das 12 músicas presentes no Pronuncie-se, a banda ainda tocou Vertigem e Amarras do álbum Projeções de Uma Estimativa Pequena e Sem-Sem do álbum Demo (2009). A passagem de som, também registrada pelas câmeras do Experience, foi feita com um trecho da música Acorde que, na época, estava inacabada.









 




Hugo Pezatti (por Milena Aurea)
A casa estava relativamente cheia, porém, devido ao seu enorme espaço, a maioria do público ficou distante fisicamente da banda.











Rodolfo da Silva em Litígio (por Milena Aurea)
Na penúltima música, a banda se despediu com a música Litígio que, em uma espécie de popurrí, emendou a música Amarras. Na foto ao lado, Rodolfo da Silva se atira ao chão mediante a energia contagiante do show.